Eu sabia o tempo todo !



Deveria. Deveria, sim.

Deveria ter ficado chocado com a constatação de pesquisa feita com universitários cariocas.

Deveria ter ficado chocado, reitero: as pessoas ainda continuam se prendendo aos grandes grupos de mídia ao buscar informações.


Pelo que observo, mesmo com a capilaridade de pesquisa proporcionada pela web, muitos continuam sem saber utilizar o potencial de crescimento do ser humano que ela possibilitou.

E tudo isso, a um clique de distância: sites e blogs a vontade - e tão diversificados quanto queira a nossa curiosidade.

Deveria ter ficado chocado, mas sabe aquela sensação que temos de vez em quando de 'Eu sabia o tempo todo'?

Deveria até ter dado um urro de raiva, dizendo por dentro 'Eu sabia o tempo todo'!



O que eu sabia o tempo todo?

"Democracia Digital", a
 edição especial da Revista Caros Amigos, traz o resultado da pesquisa feito pelo jornalista e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFRJ, Marcos Schneider.

Foram pesquisados os alunos de 4 turmas do curso de comunicação do centro universitário Unisuam (RJ).

Como resultado, é mostrado que a maioria continua a buscar informação como que numa extensão das fontes impressas, só que em suas versões digitais. Por exemplo, a maioria opta principalmente pelo portal G1, das Organizações Globo.

Na reportagem, Schneider comenta sua pesquisa: 
 
"Os resultados foram um tanto decepcionantes a esse respeito: a impressão é que as pessoas tendem a explorar muito pouco o potencial da internet, reproduzindo as práticas de consumo às quais estavam habituadas antes de sua expansão".


Como os estudantes de colégios estão pesquisando?


Estava conversando com meu afilhado Caio, de 14 anos, e ele me contou que os alunos fazem pesquisa para trabalhos escolares no Google ou Wikipedia. Essas são geralmente as duas fontes iniciais de pesquisas para eles.

Até aí, tudo bem. A Wikipedia, apesar de nem sempre estar correta, tem se mostrado uma fonte confiável de pesquisa em que a sabedoria das multidões, além de alguns editores contratados, conseguem chegar a um consenso sobre a veracidade das informações.

Como a proposta do nosso blog é a construção constante da relevância pessoal em um mundo mutante, vou insistir na potencialidade de pesquisa, aprendizado e auto-desenvolvimento que a web nos permite.

Voltando ao caso do meu afilhado, pergunto: por que você não vai além das pesquisas relacionadas aos assuntos pedidos pelos professores ou pela trabalho que você está realizando? 

 
Ou então, durante a pesquisa, anota assuntos relacionados que apareceram, e depois se aprofundar neles por conta própria?

Uma técnica que uso quando estou fazendo pesquisa para a realização de algum trabalho de encomenda é anotar temas que surgiram e me deixaram curioso, mas naquele momento não tive tempo de pesquisar. Posteriormente, volto e pesquiso sobre o assunto.

Pense bem: se em cada pesquisa que fizer, e supondo que você faça duas pesquisas de trabalho semanais, e anotando um tema ou palavra para pesquisar depois, no fim de um mês, terá 8 coisas para pesquisar que te interessaram.


Utilize a capilaridade da web a seu favor


Fora os importantes e decisivos aspectos políticos e sociais da questão de concentração de visitação a grandes grupos de mídia, temos o aspecto criativo - o que na verdade está mais próximo da proposta desse blog.

A soma da curiosidade com o potencial infinito de pesquisa e inspiração que a web disponibiliza, pode levar-nos a descobrir verdadeiros potenciais que nos estão escondidos.

Portanto, se você ao menos em parte se enquadra nessa pesquisa, sugiro que pesquise mídias alternativas e confiáveis para obter novos lados e versões dos fatos. 

 
Além da possibilidade de descobrir outros lados da realidade, esses sites e blogs alternativos permitirão que você descubra um grande montante de outras fontes criativas.

O que você achou dessa postagem? Tem alguma dica que usa para melhorar suas pesquisas?

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